xmlns:b='http://www.google.com/2005/gml/b'xmlns:data='http://www.google.com/2005/gml/data' xmlns:expr='http://www.google.com/2005/gml/expr'> Vida Cristã: “BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO E COM FOGO?”

domingo, 25 de outubro de 2015

“BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO E COM FOGO?”



“BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO E COM FOGO?”


“E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo.” Mt 3:11

“E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.”  At 2:3

Este é um tema que divide opiniões ao longo da história cristã, então propomos uma análise objetiva do contexto das passagens citadas acima, não fazendo referências ao empirismo, mas unicamente baseados nas escrituras que são a única fonte confiável dos relatos sobre os quais a fé cristã se fundamenta.

Fazendo a leitura de Mateus 3.7-12 é possível ler que João Batista vendo Fariseus e Saduceus diz a eles que não poderiam fugir da ira de Deus, certamente estes acreditavam que sua salvação estava na observância da lei e seus ritos e ainda, por terem Abraão como pai, mas João lhes fala que sua religiosidade sem arrependimento e mudança de atitude não resultaria em outra coisa se não a condenação.

Os Saduceus e Fariseus são orientados a que suas vidas deem bons frutos que são o resultado do arrependimento verdadeiro, do contrário seriam como a árvore que não dá bons frutos e é cortada e lançada no fogo, pois eles estavam apenas em busca da exterioridade.

João diz que aquele batismo que ele estava praticando era uma demonstração pública, era usado para mostrar que a pessoa batizada nas águas havia sido transformada antes no seu interior, pois recebera a pregação do arrependimento real, o batismo é apenas um sinal exterior para quem tinha recebido o perdão de Deus, não era a água do batismo que transformava a vida, mas o toque de Deus no coração do arrependido, então ele diz que o batismo de Jesus era o lavar, purificar, transformar e tomar para si e isto somente o Espirito Santo tem o poder de fazer. O fogo que ele cita nesta passagem se relaciona com o que foi dito no verso 10 sobre a árvore que não produz bons frutos ser lançada no fogo, e o que diz o verso 12 que o fogo queimará inextinguível.

Entende-se que o batismo com o Espírito Santo acontece no ato da conversão, aquele que é alcançado pela Graça e se arrepende já recebe o batismo com o Espírito (mais a frente detalharemos esta questão), mas os que não se arrependem recebem o fogo, é a justiça de Deus sobre aqueles que negam Jesus. Então batismo com fogo não é sobre o cristão para que ele fique cheio de poder, mas sim o julgamento de Deus pelo fogo sobre os que praticam a iniquidade. Basta acompanhar a narrativa do texto sem se desviar do seu contexto para entender o quão claro é o sentido correto desta passagem.

Sobre o dia de Pentecostes em Atos 2, existem equivocadas interpretações dos relatos, muitos acreditam que primeiro a pessoa se converte, depois ela tem que buscar o batismo com o Espírito Santo, dividindo assim obra plena da graça no momento que esta alcança o homem, explicaremos a seguir o porque.

Este dia ficou conhecido como pentecostes por que 50 dias após a pascoa os judeus faziam uma festa de agradecimento a Deus pela colheita obtida, em relação a representatividade destas festas, observamos os eventos com Jesus que ressuscitou na páscoa, 40 dias depois ascendeu aos céus e 10 dias depois de sua ascensão o outro Consolador ou seja, o Espírito Santo, passou a habitar no mundo tendo como morada o interior do homem regenerado.  

O derramar do Espírito em pentecostes foi o cumprimento de Joel 2.28 e29, um episódio onde marca o início da igreja o corpo de Cristo, um dia que serve como sinal daquele dia em que o outro Consolador (João 14.16-17) entra no mundo para dar seguimento ao proposito salvífico de Deus.


O verso 3 fala que foram “vistas” línguas repartidas como de fogo pousando sobre cada um, entenda, eles “viram línguas como que de fogo,” não é o fato deles terem ouvido pessoas falando “línguas de fogo” como muitos entendem ser as tais línguas estranhas, o que eles tiveram foi uma visão de algo que parecia ser línguas de fogo que se repartiu e pousou sobre cada um, então eles são cheios do Espírito e passam a falar em outras línguas, que línguas são essas? Os versos de 5 a 12 respondem, são diferentes línguas vivas naquele tempo faladas pelas diversas nações ali presentes, não é o dom de falar línguas estranhas, mas sim o dom que lhes foi dado naquele momento para que cada um ouvisse na sua própria língua nativa. Não tratamos aqui o dom de línguas, falar ou não em línguas estranhas não faz parte deste breve estudo.

É possível entender o que é batismo com o Espírito Santo atentando para o significado do termo batismo que é lavar, se tornar limpo, isto com a ação do Espírito em favor do homem, isto acontece no ato da conversão, não é uma segunda benção. A partir daí, já se tem os dons carismáticos sobre o novo convertido e eles, se manifestam conforme a vontade de Deus.

 Muito deste equívoco acontece por muitos entenderem a palavra “revestir” que aparece em Lc. 24.49 como sendo algo que é vestido por cima de outro que já estaria vestido, então se pensa que o Espírito vem e habita (veste) e depois em um segundo momento concede poder (reveste).

Quando Jesus diz aos discípulos que seriam revestidos, queria dizer exatamente o que o termo grego “enduo” (traduzido como revestir) significa que é entrar em uma veste, e seguindo o contexto, seria o fato de ser vestido por algo novo, ainda não experimentado, que é a promessa da efusão do Espírito que se cumpre em Atos.


Quanto ao batismo com fogo, pode-se entender que na passagem de Mt.3.11, como já exposto, é para os que não confessam Cristo. Deus vem e recolhe do seu celeiro o trigo (aqueles batizados/imergidos/lavados/limpos pelo Espírito), mas a palha que também está neste celeiro é queimada pelo fogo, ou imergida no fogo que nunca se apagará (Mt.3.12).

Que seja possível refletirmos sobre este tema mesmo havendo opiniões diferentes do exposto neste texto. Jesus nos convida a proclamar o evangelho levando o conhecimento, já o ato de convencer pertence ao Espírito Santo por isso, não temos a intenção de convencer, mas sim permitir um pensar e repensar de nossa prática Cristã.

Que Deus nos abençoe!

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